INTER-REGIONAL DE VERA CRUZ


A terceira etapa inter-regional do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart) movimentou Vera Cruz até o começo da noite de ontem e deu uma prévia de como vai ser a final, entre os dias 13 e 15 de novembro em Santa Cruz do Sul. Em torno de 1,3 mil artistas representantes de 25 grupos de 120 municípios apresentaram 23 diferentes modalidades, envolvendo desde as tradicionais danças gaúchas até declamação.

As invernadas com melhor pontuação garantiram vaga para a final. Por isso, na hora das apresentações o empenho foi decisivo. Para conquistar os jurados, os grupos apresentaram coreografias e encenações que ajudaram a resgatar um pouco da história do Rio Grande do Sul. “Chegar à final de um Enart é o sonho de todos os participantes e por isso eles se dedicam muito. É como uma copa do mundo”, compara o vice-presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Ciro Wink.

Esse sentimento podia ser visto entre os artistas antes e depois das apresentações. Pouco antes de entrar na pista do Ginásio Poliesportivo, o coordenador do grupo do CTG Porteira dos Pampas, vindo de Teutônia, Jonas Rodrigues, chamou seus bailarinos. Todos se abraçaram e ele deu as últimas instruções. “Vamos com tudo”, motivou. A resposta ao pedido foi muita concentração na hora de retratar a vida dos estancieiros no Rio Grande do Sul.



EMPENHO

A prenda Luciane Caxambu quase não falava de tão concentrada. Dançarina desde os sete anos, a vendedora, hoje com 24 anos, só pensava em mostrar todo o seu talento. Com maquiagem e cabelos bem alinhados, ela dançou, dançou muito e no final saiu com a sensação de dever cumprido. “Valeu a pena, agora vamos torcer para conquistar a classificação”, empolgou-se.

O sentimento de Luciane se repetiu tanto nos integrantes da força A, que é considerada a elite do Enart, quanto entre os integrantes do grupo B, os estreantes. “Todos eles têm muito talento. Independente de quem se classificar, o público vai ter um grande espetáculo na etapa de Santa Cruz”, salienta Wink. Quem concorda com ele é o mecânico Cássio Lima, 19 anos. O rapaz, que foi assistir ao espetáculo na tarde de sábado, ficou empolgado e não economizou elogios. “São atividades como essas que ajudam a valorizar a cultura dos gaúchos”, avalia.

Como foi
A inter-regional ocorreu em quatro locais diferentes. O palco A foi montado no ginásio poliesportivo do Parque de Eventos. O B ficou no ginásio do Clube Cultural e Esportivo Vera Cruz. O C e o D estavam montados no salão de festas do Clube Cultural e Esportivo e no CTG Candeeiro da Amizade, respectivamente. Entre as modalidades apresentadas pelas duas forças estavam dança de salão, danças tradicionais, chula, intérprete vocal, violão e viola, gaitas, bandoneon, violino, rabeca, conjuntos instrumentais e declamação. Foram classificados nove grupos em cada uma das modalidades, ou todos onde o número de competidores foi inferior.

FONTE: GAZETA DO SUL

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